Atenção este post é referente ao ano de 2017...

O sonho comanda a vida...

Este tem vindo a ser o meu lema de vida! Quando era pequenina nunca pensei que com 29 anos já tivesse pisado 10 países diferentes, ter estado em vários continentes e estar na outra ponta do planeta por duas vezes.

Alguns devem pensar: "grande coisa" mas para mim, é uma prioridade e um vicio tão grande como o vício de quem malha todos os dias no ginásio!

Não há uma noite que não pense em destinos. As minhas viagens não começam quando entro no avião mas sim, no meu quarto, quando fecho os olhos e imagino cheiros, sabores, cores e sons... Pensamentos esses que geram sonhos que por várias vezes se tornam realidade! Isto tudo para dizer que, não deixem de sonhar com aquilo que querem alcançar na vida, um dia podem ter a certeza que o universo vos vai surpreender...

E eu, com tantas tristezas na vida, sou mais feliz quando entro num avião❤️

As viagens são um escape à vida real! Pensem nisso e sejam felizes!

Desta vez quis fazer diferente. um voo mais caro, mas mais rápido...

Avião Fly Emirates de Lisboa para o Dubai: fiquei encantada com o tecto dos aviões desta companhia. Pirosa ou não, eu adoro tudo o que brilha e o tecto do avião tinha milhares de estrelas e quem já andou num Emirates sabe o que falo, porém, não fiquei fã de fazer escala no Dubai. Porquê? Passadas quase 8horas de voo até ao Dubai, o avião ficou à volta na pista quase 45minutos para "estacionar" e quem faz escala depois de um voo de longo curso, sabe bem o quanto desejamos sair do avião.

Escala feita e já só falta mais "um dia de trabalho a andar de avião" quase 8h até Bangkok.

E 8h depois.... Cheguei a Bangkok com um sorriso colado no rosto. Era hora de almoço e a fila para carimbar era muito mais pequena que da última vez e fiquei surpreendida com isso, pois o turismo aumentou em massa na Tailândia...

Trocar dinheiro na Super Rich como da primeira vez e procurar maneira de ir para a zona da Khao San... Desta vez não usei transfer, fui de autocarro para a khao san e vale muito a pena. É muito barato e conseguimos ver de perto a realidade local...

Minha Khao San Road, voltei a encontrar-te... - A rua mais enigmática de Bangkok - cheguei! E eu prometi: Mal chegue ao hotel vou dar um mergulho e a seguir fazer uma massagem. O prometido foi cumprido e soube pela vida. Demorei 27horas desde que saí de casa no Algarve até ao hotel em Bangkok.

Fiquei no Dang Derm KhaoSan, um hotel tipicamente tailandês, económico e perto dos pontos de interesse. O melhor: piscina aberta até às 2h com bar no meio. Este hotel fica mesmo na rua principal. Nesta zona de Bangkok há de tudo: farmácias, mini mercados, cafés, restaurantes e o meu querido 7Eleven onde se compra de tudo e está aberto 24h por dia.

Da primeira vez levei imensos remédios comigo, desta vez não, percebi que era fácil e barato comprar medicação caso fosse necessário. É tão fácil comprar medicação que até a pilula comprei numa farmácia. E já agora, se têm filhos comprem os shampoos tailandeses anti lêndeas, nos piolhos "tugas" tem uma eficácia de 100%.

Uma pergunta que me fazem frequentemente. É necessário levar receitas médicas para medicamentos que estão a tomar? Não. Não é necessário.

Outra coisa que há imensa gente a pensar erradamente é o facto de não haver wi-fi. Malta, cada barzinho por pior aspecto que tenha, TEM WI-FI e quando não há wi-fi os empregados dão-nos o HOTSPOT deles.

A segurança? Andei sozinha pelas ruas de Bangkok várias vezes e nunca me senti insegura.

Bangkok é aquela cidade que nunca dorme, há sempre movimento e animação. Há imensas zonas para sair à noite, não é só a khao san. Se quiserem fazer noites com bolinha vermelha será na zona de Sukhumvit Soi 4 - Nana Plaza e Sukhumvit Soi Cowboy, mas atenção a quantidade de prostituição nestas zonas é gigante, não há perigo nenhum mas é chocante. Nessas zonas há imensos bares de ping pong show, lady boys show, striptease e shows que nem eu sei descrever o que é aquilo...

Se quiserem ir a shopings, experimentem ir ao Terminal 21 é um shopping lindo e super diferente dos outros, pesquisem na internet e percebam o que eu digo, não se fiquem só pelo conhecido MBK. Na zona de shoppings nas ruas circundantes, há muitas barraquinhas que vendem produtos de "marcas caras" a preço da chuva, malas da prada, chanel, tudo o que possam imaginar... Em todos os shoppings existe também uma loja de cosmética que se chama Watsons e tem colecções gigantes de produtos de cosmética, adorei...

Bangkok tem de tudo um pouco e primeiro estranha-se depois entrenha-se e quero lá voltar sempre que me for possível.

Sim, decidi voltar também a Phuket e Phi Phi e o motivo foi: conhecer praias lindas e descansar da vida rotineira. Assim foi, e aconselho vivamente irem à Paradise Beach. Nesta praia, temos de ir à boleia de um autocarro, a viagem é muito gira, parece um safari dentro duma selva perdida em Phuket. Paga-se uma taxa para entrar, mas vale cada Bath. Sabem aquelas praias de filme paradisíacas? Esta é uma delas. Os Baloiços na praia e o facto da praia ficar quase no meio da selva faz-me ter a sensação que nada daquilo existe, parece um sonho.

Em Phuket fiquei novamente no Sira Grand Hotel, em Patong Beach, da última vez também fiquei neste hotel, não é dos mais baratos mas é super central e tem uma óptima relação preço/qualidade. Este hotel é perto da Bangla Road, mas longe o suficiente para não ser incomodada pelo barulho.

Lá, fiz mais massagens e vou ensinar-nos uns truques: quando a massagem estiver boa digam: Di Mac Mac, se estiver a ser dolorosa digam: Tip Tip. Eles vão se rir imenso e perguntar se sabem falar tailandês e quando vocês disserem que são portugueses vai surgir a celebre frase: "Ohhh Lonaldó" que em português quer dizer Ronaldo.

Em Phi Phi fiquei num hotel apenas e só para descansar antes de ir para a Malásia, apanhei uma tempestade que passadas umas horas voltou tudo ao normal. Eram imensas águias a sobrevoar a ilha, mas foi realmente lindo. Fiquei no hotel PP Princess Resort, em phi phi este tipo de hotel é sempre mais caro, mas vale muito a pena. Tem uma piscina fantástica e uns quartos de hotel enormes com varandas incríveis. Phi Phi é aquela ilha que não parece de verdade, e que vale cada segundo lá passado.

Cheguei ao aeroporto de KL e tal não foi a minha surpresa quando vi que era tudo super organizado nem parecia a Ásia que eu conheço.

No aeroporto, começou a entrar a Uber como minha melhor amiga. A Uber funciona muito bem em KL, é muito barato e a qualquer hora do dia há Uber por perto. Apanhei Uber do aeroporto até ao hotel Capri by Fraser, um hotel lindíssimo, não é central, mas tem um óptimo preço/qualidade. Cheguei lá e era Halloween, havia uma mega festa no sky bar do hotel. A piscina de borda infinita, o sky bar, o quarto requintado e a varanda do quarto em vidro fizeram as maravilhas de KL, foram 3 noites muito cómodas. O meu quarto era num dos últimos pisos do hotel e foi lá a primeira vez que vi fogos-de-artifício com a cabeça virada para baixo...

KL e as suas Petronas... As imponentes Petronas que desligam as suas luzes à meia-noite valem a pena uma visita antes dessa hora, são lindas. Depois das Petronas, fui sair à noite na rua dos bares de KL chamada Changkat Bukit Bintang, tem bares muito agradáveis com cocktails fortíssimos. Cuidado quando se levantam, apanhei uma bezana enorme e eu não sou dessas coisas.

No dia seguinte, fui às Batu Caves e parecia que estava dentro de um dos cenários do Tomb Raider. Os macacos andam à solta pela escadaria e tenham cuidado com a vossa comida, eles roubam tudo o que vêm. As Batu Caves têm entrada gratuita, a única cave que se paga é uma onde tem morcegos e eu dispensei essa visita.

Fui às compras na maior China Town que vi. Tudo o que imaginam vende-se lá. É incrível. O que mais comprei foram perfumes e ainda hoje, passado mais de ano estão óptimos. Sapatilhas, relógios, maquilhagem, vendem tudinho.

KL, é uma cidade muito barata. Desde a alimentação, aos vícios do tabaco, bebida e cosméticos é tudo ao preço da chuva. Compensa mesmo trazer uma mala de porão gigante para conseguir levar tudo o que nos apetece comprar.

Foram apenas três dias e um deles esteve a chover torrencialmente como nunca tinha visto antes.

Os malaios são um povo muito simpático e deram-me muitos conselhos. Disseram-me para da próxima vez ir a Malaca, Penang e Langkawi. E um dia, se lá voltar seguirei todos os conselhos deles...

KL, ficou no meu coração.

Sabem uma coisa? Filipinas era um lugar tão longínquo que eu nunca tinha metido em hipótese de lá ir. E algo que eu faço antes de ir viajar, é ir ao mapa-mundo, ver que países estão por perto do meu destino de viagem. E vi que Filipinas não era assim tão longe da Malásia. Nada que um voo de 4horas não resolvesse. E assim foi, fui pesquisar o valor de Kuala Lumpur para Manila e era muito em conta, estava a 80€ só o avião de ida.

Voei até Manila e as regras filipinas começam aqui. Para entrar nas Filipinas, é obrigatório mostrar o bilhete de avião de saída do país, caso contrário voltam para trás. A fila para carimbar o passaporte era gigante e fui revistada das unhas dos pés às pontas dos cabelos. E vejam: eu tenho ganchos e hastes de ferro na coluna, agora imaginem o quanto apito no aeroporto. E explicar isto ao povo filipino? Eles não falam inglês, francês, espanhol. Escusado será dizer que só quando viam a cicatriz é que me deixavam ir. Fumar é outra regra muito importante, principalmente em Manila. Só se pode fumar onde tem o sinal a dizer que se pode fumar (mesmo ao ar livre), já em El Nido, não há controlo nenhum e um maço de cigarros de mentol custa 0,70€.

Fiquei alojada num hotel em frente ao aeroporto de Manila, para no dia seguinte, apanhar o voo até El Nido. Fui informada que Manila estava a passar por imensas manifestações contra o governo e não seria boa altura para passeios.

Há quem prefira poupar dinheiro e ir de Manila para puerto princesa e depois até El Nido de Van, mas em 2017 quando pesquisei acerca dessa viagem, vi que eram imensas horas andar por caminhos quase nunca antes caminhados de van. Ao pesquisar, encontrei depois a opção de ir de Manila para El Nido de avião. Um avião da Air Swift com hélices, uma hospedeira de bordo e o piloto, uma viagem que dura pouca mais que uma hora e muito confortável, é um voo caro para os preços praticados na Ásia 250€ (ida e volta). Tenham atenção aos diferentes terminais do aeroporto de Manila. O aeroporto divide-se em 4 terminais e a deslocação entre alguns terminais faz-se de táxi ou bus gratuito, tenham atenção sempre às horas de escala e à segurança apertada na entrada e saída de terminais.

Vamos então abraçar El Nido da melhor maneira...

Aterrei no aeroporto mais pequeno que alguma vez vi. Um aeroporto que parece um bugalow. Achei muito giro e acolhedor.

Fiquei alojada num hotel chamado Last Frontier Beach Resort na zona de Corong Corong e tal como em todos os sítios que fiquem nesta viagem, fui só em regime de alojamento e pequeno almoço e é o suficiente. Não há muita oferta hoteleira em El Nido, pelo que quem vai se hospedar lá tem de gastar um pouco mais do que o esperado. Sempre que enviei e-mails eles respondiam-me logo. Enviei os meus dados de voo, e pedi-lhes um transfer do aeroporto para o hotel. Sabem como são os transferes deles? Uma mota com uma caixa ao lado. Super confortável. Ahahaha!

El Nido é um destino que ainda está muito virgem. Em 2017 tampouco se ouvia falar deste destino e eu sempre disse que bastava um ano para estar cheio de turismo. Infelizmente a construção de hotéis é imensa. El Nido é muito pobre em estradas e para fazer 10km de distância demorava mais de meia hora. Então saí do aeroporto rumo ao hotel e digo-vos, foi uma viagem que levei a pensar: vou-me despistar do triciclo, perco as malas ou parto o pescoço e ninguém me vem buscar... aquilo abana por todo o lado.

El Nido em Novembro não foi boa opção. Tinha estado a chover durante todo o dia, as estradas estavam cheias de lama e os triciclos patinavam nas areias quase movediças, pelo que também dificultou a viagem até ao hotel. Quando lá cheguei, fui muito bem recebida, e o meu nome estava escrito logo à entrada do hotel para dar as boas vindas. Este hotel é feito de bungalows, é muito acolhedor e super limpinho. A piscina fica virada para o mar, e do meu quarto dava para ouvir o mar a bater na parede da piscina.

A primeira noite confesso que fiquei receosa, choveu a potes durante toda a noite e por causa desta chuva havia milhares de sapos minúsculos por todo o lado, tinha de ter muito cuidado para não os pisar.

Atenção, em El Nido, em 2017, quase que é inexistente WI-FI e lojas para comprar cartões SIM nem pensar. O WI-FI na ilha só funcionava bem a partir da 1h da manhã, depois de manhã também era impensável e é assim em TODA a ilha. Nem no hotel tinha internet. Hoje em dia, não sei como está essa situação.

Outra coisa, só existe um ATM em toda a ilha, e fica no centro de El Nido, parece uma mini vila por isso vejam sempre com o hotel se é pago em MB ou dinheiro.

Sempre que queria ir ao centro de El Nido pedia um triciclo na recepção do hotel ou subia até à estrada, há sempre triciclos a passar e uma viagem de 20 minutos de triciclo nem chega aos 2€.

No centro há muita escolha, mas acreditem se chover não andem por caminhos que não conhecem, podem ter acidentes e vi imensa gente atolada. Não há placas em lado nenhum por isso o conselho que dou é para não se aventurarem muito para fora da estrada.

Rumo a Las Cabanas, para subir até ao zipline. Em Las Cabanas, havia muita publicidade ao zipline. Levaram-me até lá e aqui fiquei com toda a certeza que El Nido não era mesmo destino turístico. O caminho até ao zipline com lama por todo o lado e de chinelos nos pés foi espectacular como podem imaginar. Sempre a trepar por rochedos escorregadios, subir escadas partidas, passar por lagartos, foi sem dúvida uma aventura. Mas quando se chega lá em cima a vista é deslumbrante. Vale 100% a pena, é paragem OBRIGATÓRIA. A descida é única, a sensação é inexplicável.

Depois de descer até à praia em zipline, é hora de atravessar para o outro lado da praia, este caminho é feito dentro de água a pé e tem muitas rochas e pedras pontiagudas, portanto tenham atenção ao que levam calçado.

Depois de chegar ao areal é hora de beber uma piñacolada em Las Cabanas. O caminho foi longo por isso relaxar é essencial. Durante a noite, fui ao centro, beber um copo no reggae bar. Um bar muito simpático, a parte de trás, dá para a praia. Uma coisa interessante, em 2017 já quase não havia palhinhas de plástico em El Nido, havia palhinhas de bamboo que eram recicladas, por isso, façam como eu, não usem palhinhas...

No dia seguinte, fui fazer a minha tour de sonho. Em El Nido, ficam as mais lindas ilhas da Ásia, ainda muito virgens e tenho imenso medo que vão estragar toda aquela natureza...

Por 11€, fiz uma tour (TOUR A) pelas big lagoon, small lagoon, secret lagoon e uma praia que não me recordo o nome onde almocei dentro duma gruta.

Estava a tomar o pequeno-almoço tranquilamente no bar do hotel, ali mesmo ao pé do mar, quando começaram a chamar o meu nome. Sim, eles vieram-me buscar ao hotel de barco, lindo não é? Agarrei nas minhas coisas e lá fui eu pelo mar até entrar no barco, levem sempre as vossas coisas em mochilas impermeáveis, comprei no ebay porque são muito baratas.

A primeira paragem foi numa linda praia paradisíaca, onde podemos apanhar um belo solinho, deitar nas camas de rede, jogar volley... Um sonho. Passados uns 45 minutos, fomos navegando pelas lindas laggons... Cada uma mais linda que a outra, e não há fotografias dignas de tanta beleza. Quando eu achava que já tinha visto a paisagem mais bela, lá vinha outra anular a beleza anterior. Há sítios que podemos alugar uma canoa e passear pela lagoa. Eu nem tenho palavras para tamanha beleza, só quem vai percebe este sentimento.

A meio do percurso, fizemos uma paragem para almoçar. Os guias, levam as travessas de comida dentro de água para uma gruta e é lá que almoçamos. Lindo, lindo, lindo não há mesmo palavras...

Depois durante a tarde continuamos o percurso pelas lagoons, cheguei ao hotel super cansada. Levem bastante protector solar e informem-se sempre no hotel o que inclui a excursão, desde bebida a comida informem-se de tudo. E façam pelo menos uma destas excursões é fantástico...

Chegou ao último dia deste paraíso, mas o voo era só ao final da tarde.

Ainda dá para aproveitar uma última visita, nacpan beach. A viagem é muito longa, dura cerca de 1hora de triciclo, por isso tenham atenção a que horas vão.

Falem com um condutor dos triciclos, ele leva-os lá e espera por vocês e só na volta é que pagam o valor combinado antes. O caminho é muito longo e difícil, por isso não se assustem, ao menos vocês já estão avisados.

Eu fiquei um pouco desiludida com a praia, é bonita sim, mas preferia ter ido a manhã toda para las cabanas que era já ali ao lado.

O voo era ao final da tarde. Cheguei ao hotel, para ir buscar as malas e pedi ao condutor do triciclo que esperasse e assim fiz a viagem toda com ele. Deixou-me no aeroporto e foi só ir ao balcão de check in entregar as malas e estava pronta para voar até Manila novamente, apanhar o voo de Manila para Bangkok e aproveitar os últimos dias de férias.

Voar ao final do dia, é lindo... Consegui ver o por do sol através do avião. Lindo e de cortar a respiração...

El Nido, a cereja no topo do bolo... até um dia...

E é hora de voltar...

El Nido, Manila, Bangkok, Dubai, Lisboa e por fim meu Algarve...

Toda esta aventura ficou à volta dos 1600€ por pessoa. (Voos, hotéis, seguro, alimentação, excursões e todo o resto)